Teton Pass fevereiro de 2013

   Olá Galera

Em fevereiro de 2013 fui conhecer o Grand Targhee e fazer backcountry no Teton Pass, no estado de Wyoming, Estado Unidos.

Como as fotos ficaram excelentes decidi compartilhar algumas aqui com um pessoal que se interessa.

Foi um longo ano de planejamento antes de embarcar com um certo frio na barriga. Era a minha primeira grande snowadventure sozinho.

Viajei de milhas, e o bilhete até Idaho Falls pela United, com escala em Dulles e Denver, saiu por meros 174 euros.

Basicamente a região é a serra da montanha Grand Teton no centro, na face leste Jackson Hole e na oeste Grand Targhee. O Teton Pass fica no topo da estrada que liga os dois lados da serra.

Nos EUA não tem saída o jeito é alugar carro. 

As três primeiras noites fiquei no resort da montanha. Um ski in out de primeira, sem luxo ou ostentação, relativamente barato, sem filas, com neve e qualidade de terreno incomparáveis. Tem pirambeira, tree skiing, park, pistas groomed e não groomed, off-piste, backcountry, magic carpet, escola de esqui, cat - skiing (tem que nevar 6-8 polegadas para sair).  Ainda tem loja, cafe, restaurantes e conveniência.

Não é um resort muito famoso, mas é um dos melhores nos EUA. Sua base é muito alta a 2370 m, e o topo fica em 3000m. Tem uma vertical não muito grande,  porém a inclinação do terreno e a velocidade da cadeira Dreamcatcher fazem com que você facilmente desça 4000 m numa manhã. Neva muito, no topo quase todo dia. 

As pistas são apenas indicadas e pode se esquiar todo o terreno livremente. A transição alpina (linha em que acabam as árvores) é muito alta, acima de 3000m. Então existem árvores até nas porções mais altas da montanha que, além do visual, ajudam muito na orientação quando está nevando, e propiciam um tree skiing fabuloso.

No primeiro dia conheci a montanha e logo perecebi que um upgrade era necessário para esquiar powder, ainda mais naquele grau de inclinação. Pior que powder eram ainda as pistas pretas sem grooming e o crud.

Contratei um guia instrutor para os dois dias seguintes, valendo cada centavo. Fazia tempo que havia feito minha última aula de esqui, mas já tinha alguma experiência acumulada. Faltava ainda dominar um carving mais veloz, moguls, crud, powder e tree-skiing.

É só melhorar a técnica que o resultado chega. Consegui no final descer pretas e os terrenos difíceis com total controle, ficando preparado para um backcountry mais ousado.

Os quatro dias seguintes foram num hotel em Driggs, cidade no vale Teton logo abaixo. 

O pessoal da Teton Backcountry Guides me levou para três dias de alpine touring no lado sul do Teton Pass.

Íamos de caminhonete  até o passo onde tem um estacionamento. De lá sáimos de touring com skins subindo montanha. Geralmente são quarenta minutos de subida para dois ou três de descida. Mas esquiar powder no backcountry é uma experiência única. 

Não vou falar quanto foi épico o esqui. Na hora você sente um pouco de frio, medo e dores. No primeiro dia quase pensei que não daria, mas você não desiste porque sabe que vale a pena.

O terceiro dia foi memorável com neve forte pela manhã e uma tarde abrindo sol e esquiando powder untracked.

A vida noturna em Driggs se resume a restaurantes, que por sinal são muito bons. Balada festeira apres-ski não existe.

À noite estava moído, e aguentava apenas uma cerveja, um jantar, banho e cama.

Quando estava me acostumando a tudo isso, o sonho termina e estou eu de volta ao check-in, desta vez colocando as tags GRU na bagagem. 

Ficam então as lembranças e a vontade incrível de voltar para este lugar.

Nos posts seguintes vão algumas fotos para vocês curtirem.

Abraços

André